Quando a médica disse: “- Gabi, beba água.” Eu pensei que os últimos dias não mais fossem do que uma espécie de meta diária para atingir os objetivos diários de níveis de hidratação no organismo, ou então apenas um plano que surge de repente, e bem vindo, para abrandar o ritmo frenético do dia-a-dia, contemplando o sofá, a manta e partilhando momentos a dois.
Mas não… não se tratou somente disso que já seria tanto.
Os últimos dias foram marcados por febre, dores de cabeça, fadiga, tonturas. Enfim a COVID 19 chegou cá a casa.
Mas como a vida já me ensinou, mais que uma vez, é nestes momentos de fragilidades que percebemos que o amor cura. O amor que, até sem toque físico, toca o coração de esperança e o enche de forças para o amanhã.
Um amanhã que há-de chegar em breve, a todos nós. Aquele amanhã em que todos acreditamos que será um dia melhor.